leitura

Tudo se transformou em névoa. O passado foi apagado, o apagamento foi esquecido, a mentira tornou-se verdade. - George Orwell, 1984  melhor livro

Já se passaram mais de cinco anos desde a última vez que li 1984 e ainda acho a história mais horrível do que nunca. É aterrorizante pensar em um mundo em que seus próprios filhos são espiões do governo e podem denunciá-lo, onde as câmeras o observam 24 horas por dia, sete dias por semana, onde alguém pode ser acusado de cometer um "facecrime" ou ter uma "vida própria", um mundo em que vivemos nervosamente preocupados se as máquinas sensíveis que estão observando você receberão um aumento nos batimentos cardíacos que podem nos incriminar.

Quando li este livro pela primeira vez, imaginei um mundo distópico semelhante ocorrendo em um país comunista ou talvez em uma ditadura como a em que muitos de meus parentes foram criados. Agora, percebo que isso também poderia acontecer no chamado democracia sob várias formas, e essa é a parte assustadora. Minha mente vagou um pouco enquanto lia este livro, pensando nas possibilidades sinistras, tentando encontrar paralelos entre o que estava lendo e o que estava observando na sociedade. Estamos testemunhando tanta propaganda que pode não ser tão óbvia quanto alguns dos hilários pôsteres pró-Stalin e pró-Mao que eu já vi online e nos livros de história, mas ela existe de uma forma muitas vezes mais sutil.

Eu acho que uma das partes mais assustadoras para mim foi ver como a linguagem pode ser usada para manipular e controlar:

“Tudo o que era necessário era uma série interminável de vitórias sobre sua própria memória. ' O controle da realidade ", como eles chamavam: no Newspeak," pense duas vezes ".

Definitivamente, o idioma está se tornando mais simplificado e algumas das palavras que estão no dicionário são ridículas.

Fiquei pensando na seguinte citação de Virginia Woolf enquanto lia este livro:

“Tranque suas bibliotecas, se quiser; mas não há portão, fechadura, ferrolho que você possa colocar na liberdade da minha mente. - Virginia Woolf, uma sala própria A

liberdade de espírito é algo que eu tenho como certo. Todos nós queremos acreditar que não somos tocados por toda essa propaganda, mas somos mesmo? Sim, este é definitivamente um conto de advertência. Eu me pergunto quantos estão ouvindo.